sexta-feira, 26 de março de 2010

SALTOS EM LIBERDADE

  1. Normalmente 1ª abordagem ao salto de obstáculos;
  2. Deve ter lugar num corredor de obstáculos ou num picadeiro pequeno (15x 30 m);
  3. Este trabalho pode ser feito uma a duas vezes por semana com os seguintes objectivos:
  • Observar um cavalo novo - detectar o talento, virtudes e defeitos;
  • Desenvolver a intuição do cavalo;
  • Desenvolver a sua iniciativa;
  • Corrigir problemas de gesto e estilo;
  • Desenvolvimento da mecanização dos compostos aproveitando a distâncias para correcção da técnica;

4. Os saltos em liberdade devem ser feitos:

  • Na maior calma;
  • O uso do chicote deve ser limitada à função de ajuda;
  • Evitar os barulhos e demasiados gestos ou movimentos que distraiam o cavalo;

Com isto, criam-se condições para que o cavalo se concentre e se fixe nos obstáculos.

5. Quando no picadeiro, este trabalho deve ser feito por 3 pessoas (com chicote) colocadas ao longo da linha do meio. Duas pessoas, uma em cada lado do picadeiro que conduzem o cavalo nas voltas e no meio, um responsável que conduz o cavalo ( o único que fala com o cavalo).

6. Os saltos e os cavaletes que o antecedem devem ser amparados, defenindo-se um corredor que conduza o cavalo.

7. Criar condições para evitar todo o tipo de acidentes possiveis:

  • Proteger o cavalo e evitar que o cavalo se aleije na teia.

8. O trabalho de saltos em liberdade deve também:

  • Ser encarado como um divertimento para o cavalo;
  • O cavalo deve faze-lo com prazer e confiança;
  • Os saltos devem ser aumentados progressivamente e à medida da resposta do cavalo;
  • Não devem usar-se cabeções (incomodam), podendo por ventura usar-se uma cabeçada de bridão, mas o melhor é não usar qualquer tipo de material no cavalo.

9. Os saltos em liberdade são muito utilizados para:

  • Vender/Comprar cavalos;
  • Obrigatório nos leilões de cavalos de obstáculos.

OS PRINCIPAIS CONCEITOS EQUESTRES

  1. Assegurar a Calma;
  2. Criar e desenvolver o" Para Diante";
  3. Só em Descontração é possivel progredir;
  4. Levar o cavalo ao encontro,"Sobre a mão";
  5. Elasticidade e beleza só na presença da Impulsão;
  6. Trabalhar sempre pensando na Cadência;
  7. Só é possivel avançar com o cavalo "Direito";
  8. Elasticidade/Flexibilidade da coluna dorsal e post-mão e entrada de posteriores - Reunião/Concentração - EQUITAÇÃO SUPERIOR.

COM O CAVALO CALMO, PARA DIANTE, DESCONTRAIDO, SOBRE A MÃO, IMPULSIONADO, CADÊNCIADO, DIREITO E CONCENTRADO - A LIGEIREZA- É UMA CONSEQUENCIA NATURAL.

Imagens de cavalos de Raça Árabe:



ANDAMENTOS NATURAIS DO CAVALO



  1. PASSO: é um andamento marchado,simétrico,basculado e em quatro tempos de apoio.
  • As quatro batidas, tem de ser bem iguais, senão passa a tratar-se de uma andadura.

  • É no passo que as imperfeições mais se fazem sentir.

  • Consoante a amplitude da passada, o cavalo antepista-se, subrepista-se ou transpista-se.

Graus do passo:






  • Passo concentrado: passadas curtas, mas andando para diante, de pescoço erguido e arredondado e ancas baixas. O cavalo antepista-se, mas o andamento continua marchado e energético com batidas regulares.



  • Passo médio: passo franco, regular, fácil e com uma extenção média. O cavalo transpista-se ainda que pouco. O cavaleiro mantêm um contacto ligeiro e suave com a boca do seu cavalo, não havendo praticamente o alongamento do pescoço.



  • Passo largo: sem precipitação(ritmo), o cavalo cobre o máximo de terreno, transpistando-se francamente. O cavaleiro deixa o cavalo estender o pescoço e destaque o "bico", sem contudo perder o contacto (alongamento do perfil).



  • Passo livre: andamento de repouso, com inteira liberdade para o cavalo estender e baixar o pescoço. As rédeas devem manter-se compridas, sem interferirem na quantidade e qualidade do andamento.

Erros da mecânica do passo:


  • Lateralização( amble);

  • Diagonalização( um especie de chouto sem suspensão);

Nota: Em qualquer dos casos, trata-se de uma andadura - erro grave - que numa prova de ensino será sempre penalizada com nota bastante baixa.

2. TROTE: é um andamento saltado, simétrico e em dois tempos de apoio.O cavalo progride por bípedes diagonais associados. A qualidade do trote, aprecia-se pela elasticidade e regularidade das passadas e ainda pela flexibilidade do dorso e jogo de post-mão( parte da frente do cavalo, "espáduas + membros anteriores").


Graus do Trote:



  • Trote concentrado: passadas mais curtas que nos outros graus, ancas baixas, pescoço erguido e arredondado, curvilhões bem metidos, mantêm uma impulsaõ energética. Cavalo mais ligeiro e manejável.

  • Trote de trabalho: intermédio entre o concentrado e o médio.O cavalo ainda sem ginástica para se concentrar,consegue um bom equilibrio, mercê de actividade das ancas. O cavalo deve sobrepistar-se.

  • Trote médio: intermédio entre o trote de trabalho e o largo, mais elevado e redondo do que este. Nítida actividade post-mão, com o cavalo a alongar moderadamente as passadas, transpistando-se ligeiramente. As passadas devem ser regulares e o movimento deste deve ser equilibrado e dar a sensação de facilidade.

  • Trote largo: o cavalo cobre o máximo de terreno em cada passada, conservando a cadência, alargando as passadas devido a uma maior impulsão, soltando assim as espáduas. O cavaleiro permite o alongamento do pescoço, sem perder o contacto. Cada anterior deve-se manter paralelo ao posterior diagonal e não pisar atrás da sua projecção máxima.O cavalo transpista-se nitidamente.

Nota:todo o trote deve ser feito sentado,salvo indicações em contrário expresso no texto da Reprise.


Erros do trote:



  • Aberto de trás;

  • Tenso no pescoço e no dorso - ABERTO;

  • Sem entrada de posteriores.




3.GALOPE: é um andamento saltado, assimétrico, basculado e em três tempos de apoio, seguidos de um tempo de suspensão.


A qualidade do galope avalia-se:



  • Pela regularidade, ligeireza e definição dos 3 tempos,pela aceitação da mão com a nuca elástica e pela entrada dos posteriores.

  • Pela capacidade de manter o ritmo e um equilibrio natural,mesmo na transição de um galope para outro;

  • Pela rectitude (cavalo direito nas linhas direitas/rectas)

Graus do galope:



  • Galope concentrado: cavalo "na mão", de pescoço erguido e arredondado. Antemão-ligeiro e nitida entrada dos posteriores. Espáduas-descontraídas e móveis.Passadas mais curtas que nos outros galopes.

  • Galope de trabalho: intermédio entre os galopes concentrado e médio,como o trote. Cavalo ainda sem a ginástica suficiente para se poder concentrar. Apresenta-se com bom equilibrio, mercê de um post-mão activo, as passadas devem ser iguais, ligeiras e cadênciadas.

  • Galope médio: intermédio entre o galope de trabalho e o galope largo, conservando o equilibrio, o cavalo alonga moderadamente as passadas com uma nítida impulsão.

  • Galope largo:o cavalo cobre o máximo de terreno, conseravando o mesmo ritmo, alonga o máximo, sem a perda da calma e da ligeireza.Graças a uma maior impulsão, o cavaleiro permite que o cavalo aongue o seu perfil, sem nunca perder o contacto.







4. O RECUAR: não é um andamento mas é muito importande denomina-lo.
É um MOVIMENTO RETRÓGRADO, simétrico, no qual os membros se apoiam para diagonais associadas ou quase associadas.

  • Durante a paragem e durante o recuar: o cavalo deve manter-se "na mão", mantendo o desejo de avançar.

Erros graves no recuar:

  • Qualquer antecipação ou precipitação do movimento;
  • Qualquer resistência ou defesa contra a mão do cavaleiro;
  • Qualquer desvio das ancas- atravessamento,
  • Qualquer abertura ou preguiça dos posteriores ou arrastar os anteriores.

5.PARAGEM: na paragem o cavalo deve manter-se atento, imóvel e direito.

  • Quadrado sobre os quatro membros anteriores e posteriores, paralelos entre si;
  • Pescoço erguido, a nuca como o ponto mais elevado e o chanfro ligeiramente à frente da vertical;
  • Mantêm sempre um ligeiro contacto com a nuca e deve estar pronto para avançar ao mínimo sinal do cavaleiro.